sexta-feira, 27 de março de 2009

Capa A Maçã nº5

Essa é a capa do número 5 d'A Maçã. O desenho é de Kalixto Cordeiro (sob o pseudônimo de Lup), artista talentosíssimo e colaborador assíduo da revista. Na época era utilizada a técnica de impressão chamada zincografia, uma espécie de gravura em metal em escala industrial. O offset, apesar de já ter sido inventado nos Estados Unidos (1914) ainda não era popular. As tintas utilizadas são as mesmas usadas em gravura e apenas com 2 cores, graças ao domínio da técnica pelo artista, chega-se a diversas nuances de cor e volume. essa capa é uma das minhas preferidas.

quinta-feira, 26 de março de 2009

timeline 1922-1923

Capas dos anos 1922 e 1923 documentadas na pesquisa.

A mudança de comportamento


A Maçã mostrava em suas páginas a mudança de comportamento que acontecia naquele início de século no Rio de Janeiro. Não vou me estender nas fundamentações colocadas na pesquisa, aqui no blog pretendo mostrar mais imagens e falar menos.
O texto completo da dissertação será disponibilizado em breve no formato pdf.

Fiz uma linha de tempo com as capas no período estudado (1922 a 1926) e depois colocarei, ano a ano, destaques de capa, editorial e páginas do miolo da revista. Mais ou menos como foi na dissertação.

quarta-feira, 25 de março de 2009

A Maçã

Humberto de Campos, o Conselheiro XX e A Maçã
A trajetória e seus percalços

A revista A Maçã foi lançada no dia 11 de fevereiro de 1922 no Rio de Janeiro e rapidamente tornou-se um sucesso de vendas, esgotando seu primeiro número. A Maçã era uma publicação galante e trazia como âncora o espírito satírico que Humberto de Campos já cultivava desde 1917 nos contos do Conselheiro XX. Os onze volumes publicados com este pseudônimo foram um sucesso e transformaram Humberto de Campos em um verdadeiro autor de best-sellers, quando chegou a vender 18 mil exemplares.
O pseudônimo era um recurso utilizado tanto pelos cronistas e poetas como pelos ilustradores. No ano de 1922 A Maçã causou incômodo por ser uma revista “galante” e foi duramente criticada ao mesmo tempo em que se tornou esse grande sucesso de público. Acidamente tratava de assuntos provocativos como a presença e ascensão social das prostitutas de luxo na sociedade carioca e a mudança de comportamento da mulher. Além disso Humberto de Campos utilizava a revista para alfinetar seus colegas da Academia Brasileira de Letras.